Também conhecida como energia dos ventos, a energia eólica usa a força
dos ventos para mover os chamados aerogeradores ou turbinas, que têm o
formato de enormes cataventos ou moinhos. O vento movimenta as pás e os
geradores transformam esse movimento em energia elétrica. É considerada
uma das alternativas energéticas mais limpas do mundo, pois seus parques
eólicos têm reduzido impacto ambiental e não emitem gases poluentes.
Nunca foram construídas tantas unidades de produção de energia eólica no
mundo como em 2012, de acordo com um relatório divulgado em Bonn, no oeste da Alemanha, pela World Wind Energy
Association (WWEA, sigla em inglês para Associação Global de Energia
Eólica).
Os líderes da expansão são a China e os Estados Unidos. Só no ano
passado, os dois países construíram usinas capazes de gerar, juntas, 13
gigawatts. Atualmente, a China tem potencial para gerar 75 gigawatts,
sendo a líder de produção de energia eólica no mundo. Os EUA vêm em
segundo lugar, com capacidade instalada de 60 gigawatts. A Alemanha
ocupa o terceiro lugar, com capacidade instalada de 31 gigawatts.
Os motivos para a expansão mundial dessa fonte de energia são, o preço mais barato, a
atenção dos governos aos impactos ambientais e o desejo de reduzir a
dependência de importações de energia com a eletricidade gerada
localmente.
O Brasil ainda precisa superar uma “visão turva” sobre a energia eólica,
colocando em desconfiança a geração que provém dos ventos sob o
argumento de que esse recurso é “sazonal e intermitente”. A crítica foi feita presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeólica), Élbia Melo.
Observou, ainda, que toda fonte que vem da natureza é, por
definição, sazonal e intermitente. E que o mesmo fator está
presente na produção de energia hidráulica, especialmente as usinas
construídas a “fio d’água”, sem reservatórios. No caso da energia
eólica, explicou ainda que é perfeitamente possível conter riscos por
meio do aumento da quantidade de geradores montados.
No momento, a capacidade instalada, no Brasil, em energia eólica é de apenas 2,69
mil megawatts, o equivalente a 2% da matriz energética. A projeção é de
que, até 2017, serão 8,8 mil megawatts, chegando a 5% da matriz.
O potencial eólico do país está concentrado basicamente na região
Nordeste e no Sul, com destaque para os estados do Rio Grande do Norte,
Ceará, Bahia e Rio Grande do Sul.
No RN, especificamente, existem cerca de 78 parques eólicos em construção e a expectativa é que 85 entrem em operação entre 2013 e 2014.
Atualmente existem 13 parques em operação no estado, com capacidade
instalada de 373,75 MW. A energia gerada por eles é injetada no Sistema
Interligado Nacional (SIN), que congrega a produção e transmissão de
energia elétrica do país e é formado pelas empresas das
regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte.
O programa eólico do RN prevê investimentos da ordem de R$ 12 bilhões para a construção de 91 parques até 2016.
As cidades do RN que estão sendo beneficiadas pelos empreendimentos são
Areia Branca, Bodó, Caiçara do Norte, Galinhos, Guamoré, Jandaira,
Jardim de Angicos/Pedra Preta, João Câmara, Lagoa Nova, Parazinho, Rio
do Fogo, Pedra Grande, Santana do Matos, São bento do Norte, São Miguel
do Gostoso, Tenete Laurentino, Tibau e Touros.
Fonte: www.jusbrasil.com.br
João Alfredo Macedo é advogado com atuação em Direito de Energia. Especialista em Direito Administrativo e Gestão Pública e Pós-graduando em Direito e Gestão Ambiental.
Fonte: www.jusbrasil.com.br
João Alfredo Macedo é advogado com atuação em Direito de Energia. Especialista em Direito Administrativo e Gestão Pública e Pós-graduando em Direito e Gestão Ambiental.
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