Essa semana uma notícia veiculada na imprensa trouxe esperanças ao Rio Grande do Norte, no que tange a permanência da Petrobras em nosso estado. É de conhecimento de todos que a Petrobras vem diminuindo consideravelmente seus investimentos no RN nos últimos anos, o que no meu entendimento, deve-se a questões de mercado, em virtude da diminuição da produção e baixa qualidade do petróleo, o que se deve a exploração que aqui ocorre a cerca de 30 anos. Além disso, os esforços da Petrobras concentrados a área do pré-sal é outro fator importante.
A notícia acima referida se dá a descoberta de petróleo em águas profundas na Bacia Potiguar. A descoberta é fruto do consórcio entre a própria Petrobras e Petrogal (empresa Portuguesa de produção de combustíveis fósseis). Conforme divulgou, em nota, a Petrobras, "o consórcio dará continuidade às operações para concluir o projeto de
perfuração do poço até a profundidade prevista, verificar a extensão da
nova descoberta e caracterizar as condições dos reservatórios
encontrados".
No entanto, mesmo diante da perspectiva de investimentos no RN, outra notícia soou como uma bomba. Segundo a consultoria norte-americana Macroaxis, a probabilidade de a Petrobras falir é de 32,4% em dois anos, estimativa muito mais elevada que a média do setor.
Em nota sobre o assunto, a Petrobras ressaltou que "possui excelentes
indicadores operacionais, crescentes reservas de petróleo e gás e
projetos de investimento em implantação que sustentam o elevado e
contínuo crescimento da produção de petróleo até 2020".
No início de outubro, a agência de risco Moody's rebaixou a nota da Petrobras de "A3" para
"Baa1", tirando a empresa na escala de grau de investimento e baixo
risco para a de qualidade média.
A redução, segundo a Moody's, refletia a alta alavancagem e a
expectativa de que a empresa continue com fluxo de caixa negativo nos
próximos anos, à medida que conduz seu programa de investimentos. A
perspectiva permanece negativa.
A Moody's diz que a dívida total da companhia aumentou no primeiro
semestre de 2013 em US$ 16,3 bilhões, ou US$ 8,3 bilhões pela quantia
líquida de caixa e títulos negociáveis, e deverá aumentar novamente em
2014, com base em uma perspectiva negativa para o fluxo de caixa ao
longo de 2014 e em 2015.
Resta-nos torcer e acreditar que a probabilidade de falência são apenas dados a serem utilizados por auditores, contadores, gerentes financeiros, consultores
financeiros, bem como os traders para avaliar o risco não sistemático de
uma ação, fundo ou ETF e não uma situação de risco real, bem como sermos esperançosos em uma retomada nos investimentos no RN.